11 de setembro de 2015
Por Jeffrey Hagenmeier
Esta semana vimos uma continuação em dados preocupantes vindos da China. As importações caíram pelo 10º mês consecutivo. A queda de 13,8% em agosto foi muito maior do que o esperado. Ela seguiu uma queda de 8,1% a partir de julho. As exportações chinesas também estão em queda, caindo 8,3% em julho e 5,5% em agosto. A baixa procura interna está reduzindo a necessidade de importações, em especial as importações de commodities.
Em resposta, a China anunciou mais estímulos ao injetar dinheiro em projetos de infra-estrutura, assim como um corte de impostos para pequenas empresas. Dois projetos ferroviários no valor de $11 bilhões de dólares (Dólar dos Estados Unidos) já foram aprovados.
A inflação na China permanece sob controle no mercado varejista. No nível do produtor (PPI), ela caiu em adicionais -5,9%. Esta já é 42ª queda mensal para este nível e mostra que a deflação está começando a se firmar na China, assim como vem acontecendo com o Japão.
O Shanghai Composite obteve pequenos ganhos na terça-feira e quarta-feira, mas recuou na quinta e na sexta-feira.
Em contraste com a China, a Europa reportou notícias econômicas mais positivas no início da semana. A Alemanha reportou um aumento nas suas exportações, de 2,4% em julho, depois de ter caído 1,1% em junho. O superávit comercial subiu para um recorde de $25,73 bilhões de dólares, ou 22,8 bilhões de Euros, em julho.
O Índice de Preços ao Consumidor da Alemanha ficou estável em agosto, mas no nível varejista diminuiu em 0,08%. Na Espanha, o IPC caiu em 0,3%. Isso é um sinal de que a deflação está começando a se espalhar por todo o continente.
Na Itália, a produção industrial aumentou 1,1% em julho, após uma queda de 1% em junho. No momento a taxa de crescimento está se expandindo no seu ritmo mais rápido em um ano.
O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) na zona do euro como um todo, foi revisto para 0,5% para o 1º trimestre, seguido de 0,4% para o 2º trimestre. Este resultado positivo ajudou a valorizar as ações globais no início da semana.
Indo na contramão da Europa, o Reino Unido comunicou notícias particularmente negativas para o terceiro trimestre. A produção industrial caiu inesperadamente, em -0,4% em julho, sendo que o setor de manufatura reportou uma queda de 0,8%. Os analistas também ficaram surpresos ao ver a maior queda mensal para as exportações em nove anos, em -9,2%. Como resultado, a libra britânica está sob crescente pressão.
As notícias econômicas oriundas do Japão não foram muito animadoras. Embora o primeiro-ministro tenha ganhado um incomum segundo mandato para mais três anos, o seu programa econômico, conhecido Abenomics, está em apuros. As baixas taxas de juros e a política de flexibilização quantitativa atualmente em vigor, juntamente com os altos gastos com estímulos, não conseguiram fazer com que o Japão retomasse o crescimento sustentável. A economia japonesa contraiu em -1,2% no segundo trimestre, sendo que investimentos em capital recuaram em 0,9%.
Como resultado dos ruins dados econômicos divulgados na terça-feira, o primeiro-ministro Shinzo Abe anunciou planos para cortar as taxas de imposto sobre as empresas em 3,3% no próximo ano, dos atuais 35%. O objetivo a longo prazo é baixar esta taxa para menos de 30%. Em resposta a esta notícia, juntamente com melhores perspectivas de crescimento na Europa e mais estímulo na China, o Nikkei subiu 7,7% na quarta-feira, mas na quinta-feira pela manhã voltou a recuar.
O Japão também reportou ainda mais notícias desanimadoras no final da semana. Como um dos principais indicadores de investimento de capital, as encomendas de máquinas japonesas continuaram a sua marcha para baixo em julho, caindo outros -3,6% adicionais, depois da recente queda de 7,9% em junho. Um iene mais fraco, junto com preços de energia mais baixos, ainda não estão trazendo uma recuperação na indústria japonesa. Embora a confiança dos fabricantes nos negócios internos esteja melhorando no terceiro trimestre.
O Brasil recebeu más notícias esta semana com o anúncio do rebaixamento de sua classificação de crédito. A agência Standard & Poor (S&P) reduziu sua recomendação para BB +, de BBB-. Isto foi em resposta aos problemáticos e preocupantes relatórios econômicos provenientes do país, agravados pelos vários escândalos político. Um orçamento equilibrado está se tornando progressivamente improvável neste momento.
O rating de crédito mais baixo rebaixa as obrigações futuras das empresas para o nível de junk, pela primeira vez desde 2008. A S& P alertou que poderão haver novos rebaixamentos, caso a economia, que já está em recessão, se agravar. As outras duas agências Fitch e Moody ainda mantêm o Brasil na classificação antiga, mas estão demonstrando crescente preocupação.
A AIE (Agência Internacional de Energia) está prevendo o maior corte na produção em países fora da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) desde 1992. Este será o resultado da contínua baixa dos preços do petróleo. Apesar dessa previsão de diminuição do fornecimento, o petróleo ainda caiu em mais 1,85% durante a noite. O preço do WTI (West Texas Intermediate, ou bruto americano) está agora em $44,84 USD por barril. No mercado internacional o preço Brent está em $47,46 USD. A OPEP prevê agora que o petróleo vai permanecer abaixo de $50,00 USD por barril durante o resto de 2015.
Falando sobre empresas, a Netflix (NFLX) anunciou planos para oferecer os seus serviços em Hong Kong, Singapura, Coreia do Sul e Japão, a partir do início do próximo ano. Na semana passada, a empresa entrou no mercado japonês e ainda está olhando para China. Até o final de 2016, a NFLX planeja estar operando em 200 países.
O Boletim de Investimentos tem 1 target fill para reportar esta semana.
A Best Buy (BBY) foi recomendada no dia 08/06/15 em $34,49, teve um preenchimento do objetivo de curto prazo em $37,94 USD, no dia 09/09/15. Este aumento forneceu um retorno de 10% para os investidores.
Número de objetivos alcançados nas semanas anteriores
04 de setembro, 2015 – 1 objetivo alcançado
28 de agosto, 2015 – 6 objetivos alcançados
21 de agosto, 2015 – 2 objetivos alcançados
14 de agosto, 2015 – 1 objetivo alcançado
07 de agosto, 2015 – 2 objetivos alcançados
31 de julho, 2015 – 1 objetivo alcançado
24 de julho, 2015 – 1 objetivo alcançado
17 de julho, 2015 – 3 objetivos alcançados
10 de julho, 2015 – 1 objetivo alcançado
03 de julho, 2015 – Nenhum objetivo alcançado
26 de junho, 2015 – 3 objetivos alcançados
19 de junho, 2015 – 2 objetivos alcançados
12 de junho, 2015 – 2 objetivos alcançados
05 de junho, 2015 – 4 objetivos alcançados
22 de maio, 2015 – 2 objetivos alcançados
15 de maio, 2015 – 2 objetivos alcançados
08 de maio, 2015 – 1 objetivo alcançado
01 de maio, 2015 – 3 objetivos alcançados
24 de abril, 2015 – 2 objetivos alcançados
17 de abril, 2015 – 5 objetivos alcançados
10 de abril, 2015 – 3 objetivos alcançados
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