17 de Agosto de 2015
Por Jeffrey Hagenmeier
A SeaWorld Entertainment (NYSE: MAR) é um operador americano de parques de diversão e temáticos, com sede nos Estados Unidos. A empresa foi fundada em 1959 e a sua sede está localizada na cidade de Orlando, Florida. A empresa mantém ao todo 11 parques, distribuídos em vários locais dos Estados Unidos. Antigamente, era uma subsidiária da Anheuser-Busch, até 2009, quando foi vendida ao grupo Blackstone, que ainda mantém uma participação minoritária. A empresa se tornou pública em abril de 2013, por $27,00 USD (Dólar dos Estados Unidos) por ação. As ações fecharam acima de 31 dólares USD no primeiro dia do IPO (oferta pública inicial).
A SeaWorld opera três parques temáticos de vida marinha sob o logotipo SeaWorld, que estão localizados em Orlando, San Antonio, no estado do Texas e, San Diego, na Califórnia. Ela opera dois parques que têm como tema localizações geográficas estrangeiras e animais; estes parques são conhecidos como Busch Gardens. Eles estão localizados na cidade de Tampa, na Flórida e em Williamsburg, na Virginia. Há um outro parque marinho em Langhorne, Pennsylvania, conhecido como Discovery Cove. No mesmo bairro onde está instalado o Discovery Cove, a empresa opera o Sesame Place, um parque sazonal.
A SEAS também opera vários parques aquáticos. Estes parques operam através das seguintes marcas: Aquatica, em Orlando, San Antonio e San Diego, Adventure Island, em Tampa e, Water Country USA, em Williamsburg. A empresa emprega cerca de 5.000 pessoas em regime de tempo integral. O resto dos empregados trabalham em turno parcial e sazonal. A receita por funcionário integral está em $123.115 USD.
O número de visitantes nos parques da empresa vem caindo devido a vários fatores, incluindo o devastador documentário Blackfish, exibido em 2013. O documentário expôs alegações de que alguns animais marinhos, em particular as orcas, têm sido maltratados nos parques temáticos. As condições estressantes em que esses animais vivem, levaram eles a se comportar de maneira violenta, de acordo com os produtores do filme.
Apesar de a empresa, que treina golfinhos, leões marinhos e baleias assassinas para o entretenimento do público, ter negado tudo, as acusações feitas no documentário tiveram um impacto negativo. A empresa ainda não conseguiu reparar todos os danos causados pelo documentário, principalmente ao parque SeaWorld, mesmo após gastar $10 milhões de dólares com uma campanha publicitária.
Cerca de 62% da receita da empresa vem da bilhetagem de seus parques, com o resto vindo dos alimentos e mercadorias vendidos. Desde 2013, a empresa perdeu mais de metade do seu valor em share (44% em 2014). A reduzida base de clientes tem afetado as vendas e os lucros da empresa. O número de 22,4 milhões de visitantes no ano passado, está abaixo dos números de dois anos antes, em 2 milhões. A receita no ano passado caiu em 6%, ou $1,38 bilhões de dólares. O fluxo de caixa livre, ajustado, caiu em 36%, para $107 milhões de dólares.
Esta semana a PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), um grupo de proteção aos animais, apresentou uma denúncia ao governo federal, alegando possíveis problemas de saúde e agravos à vida marinha no SeaWorld. Outra questão que está dando problemas aos parques marinhos é a importação iminente de 18 baleias beluga. Elas foram capturadas na Rússia e deverão ser entregues ao Aquário da Geórgia. Sabe-se que 11 delas seriam emprestadas ao Sea World Entertainment, para um programa de reprodução em cativeiro.
Como parte do esforço em reconstruir a imagem da empresa e trazer de volta os clientes, ela reduziu temporariamente o preço de admissão nos parques de vida marinha. Ela também colocou em ação uma campanha contínua de marketing, que visa divulgar para a população os esforços que a empresa faz para garantir a segurança dos animais nos parques.
Os resultados para o primeiro trimestre de 2015 até que foram animadores. O total de visitantes de todos os parques aumentou em 5,6%, para um total de 3,2 milhões de pessoas. As receitas também subiram em 1%, para $214,6 milhões de dólares, mas a empresa ainda teve perdas líquidas no trimestre. Para ser justo, as perdas foram reduzidas, de $49,2 milhões dólares no primeiro trimestre de 2014, para $43,6 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2015.
No segundo trimestre de 2015, o número de ingressos vendidos caiu 2%. O total de visitantes caiu em 100.000 no trimestre, de 6,58 milhões para 6,48 milhões, em relação ao ano passado. O crescimento da receita está em baixa, de -3,30% ano a ano. A SEAS informou um lucro de $5,8 milhões de dólares, ou $0,07 por ação, menos do que os $37,4 milhões de dólares um ano atrás. Este mês, a SeaWorld anunciou uma queda de 84% no lucro líquido no segundo trimestre, em comparação ao ano passado.
Embora a empresa poderia mudar as coisas a longo prazo com novas atrações, exposições, passeios e preços mais competitivos, no curto prazo, a expectativa é de novo declínio no valor das ações.
É por isso que este escritor investimento está recomendando uma short para a ação neste momento.
A SEAS encerrou o pregão no dia 14/08/15 em $18,49 USD. A alta para o dia foi de $8.72 USD e a baixa $18,36 USD. O preço de abertura foi de $18,45 USD, com o fechamento do dia anterior em $18,52 dólares.
A alta de cinco dias foi de $18,89 dólares, no dia 13/08/15, com a baixa de $17,95 USD no dia 12/08/15. Isto foi um aumento de 5,24% para o preço da ação, em um dia.
A alta para o último mês foi o valor visto no dia 13/08/2015, e a baixa foi de $17,08 USD, no dia 30/07/15. Este foi um aumento de 10,60% para o preço das ações.
A alta de 3 meses para o preço da ação foi de $22,09 USD, no dia 29/05/15, sendo que a baixa foi a vista no dia 30/07/15. Isto foi uma queda de 29,33% no valor das ações para o período.
A faixa das 52 semanas para as ações da SEAS foi de uma baixa de $15,11 USD, para uma alta de $22,68 USD. Isto representa um declínio de 50,10% no preço das ações.
O volume de ações negociadas no dia 14/08/2015 foi de 1.360.125, o volume médio trimestral foi de 1.768.990.
A capitalização de mercado é de $1,67 bilhões de dólares.
O índice P/E (Price Earnings Ratio) é de 68,74.
O lucro por ação EPS (Earnings per Share) é de $0,27.
O dividendo é de $0,84 e o rendimento é de 4,50%.
Se um investidor definir uma ordem de compra em $18,99 USD, um objetivo de curto prazo pode ser colocado em $17,26 USD. Este declínio $1,73 no preço da ação vai proporcionar um retorno de 10,02% para o investidor.
Se os investidores colocar um objetivo a médio prazo em $16,51 USD, o declínio $2,48 USD no preço da ação vai proporcionar um retorno de 15,02% para o investidor.
No momento não recomendamos definir um objetivo de longo prazo.
Um objetivo de parada (stop target) pode ser colocado em $21,84 USD. Este aumento de $2,85 USD no preço das ações indicaria uma perda de 15,01% para o investidor. Isto indicaria que o esforço da empresa para dar a volta por cima deu resultados antes do esperado.
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