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É hora de fazer um short com a McDonald’s

29 de julho de 2015

Por Jeffrey Hagenmeier

O McDonald é a maior cadeia de restaurantes do tipo fast food no mundo. A empresa atende, em média, 68 milhões de clientes diariamente, em 119 países, através de mais de 36.000 pontos de venda. A empresa começou em 1940, como um restaurante que servia barbecue para seus clientes, em San Bernardino, no estado americano da Califórnia. Em 1948, o foco do negócio mudou e o restaurante foi transformado em um quiosque que servia hambúrgueres, adotando uma linha de produção para a confecção e venda de seus produtos. Em 1955, o empresário Ray Kroc comprou a cadeia dos irmãos MacDonald, e transformou a empresa na gigante internacional de hoje em dia.

Um restaurante McDonald’s pode funcionar tanto como um franqueado, uma sucursal, ou uma loja pertencente à corporação. A empresa obtém receita sobre o aluguel, royalties e honorários pagos pelos franqueados. Ela também obtém renda através das vendas de seus próprios restaurantes, que ao todo somam 6.714 lojas.

McDonald’s Plaza, localizado em Oak Brook, Illinois, é a sede da McDonald’s

A empresa emprega cerca de 1,7 milhões de pessoas no mundo todo, tanto nos escritórios quanto nos restaurantes. A sede da McDonald’s está localizada em Oak Park, Illinois, um subúrbio de Chicago, que é uma grande cidade nos Estados Unidos.

A grande lista de produtos fast food disponível para venda no McDonald’s contém vários tipos de hambúrgueres, sanduíches de frango, nuggets, batatas fritas, saladas, sobremesas, refrigerantes, café e vários itens para café da manhã. A empresa também oferece produtos diferentes daqueles de seu menu principal, dependendo da localidade dos restaurantes, cultura e período do ano, incluindo: sanduíches de peixe, wraps, smoothies, tortinhas, sucos, diferentes tipos de batatas fritas, entre outros.

Fora da América do Norte, a empresa oferece itens de alimentos que atendam os gostos e tradições locais, como sanduíches vegetarianos ou sem carne de gado (substituída por outro tipo), kosher, entre outros.

Os países atualmente com restaurantes McDonald’s, mostrando o ano em que abriram o seu primeiro restaurante.

Nos últimos tempos, o McDonald’s começou a se concentrar mais na marca principal. Era uma inversão da política corporativa de anos anteriores, no sentido de aquisições de outras redes na década de 1990. Isto levou à alienação das ações da Chipotle, em 2006. Além disso, a empresa também vendeu suas ações da Boston Market, em 2007, e Donatos Pizza, em 2003. A McDonald’s ainda possui participação em outras cadeias, como a Piles Cafe, por exemplo.

Deve-se notar que a McDonald’s tem aumentado os dividendos dos seus acionistas por 25 anos consecutivos. Foi no mês de outubro de 2012, que as vendas mensais finalmente caíram pela primeira vez em 9 anos. Em 2014, as vendas trimestrais caíram pela primeira vez em 17 anos. A última vez que os volumes totais de vendas para clientes caíram, para o ano inteiro, foi em 1997.

Por quê um short neste momento? Embora a McDonald’s ainda seja fundamentalmente saudável e, irá continuar a sendo rentável, há uma série de desafios que a empresa terá de continuar enfrentando no futuro.

Uma refeição McDonald’s Ebi Feast, vedida na Cingapura em novembro de 2013.

A McDonald’s vem enfrentando uma mudança no gosto e preferências de seus clientes, juntamente com a procura cada vez maior por alimentos mais saudáveis. A empresa terá de continuar a lidar com esta questão. Essas mudanças nos hábitos alimentares da população em geral levou a McDonald’s a expandir seu menu, o que acabou não dando o retorno esperado, além de prejudicar a qualidade e o serviço nos restaurantes. Então, a empresa teve de voltar atrás e focar nos produtos mais vendidos.

O aumento da concorrência de outras redes, como Burger King, Steak ‘n Shake, Hardee’s e Wendy’s, já estavam levando uma grande fatia do mercado. Agora, outras cadeias que oferecem produtos mais sofisticados e “da moda”, como Shake Shack, Five Guys, Fuddruckers, Red Robin, e Mallie’s Sports Bar and Grill, também estão tirando as vendas da McDonald’s. O mesmo fenômeno está acontecendo fora dos Estados Unidos.

As vendas têm diminuído e irão continuar caindo, devido a fraca recuperação da economia americana e a desaceleração da economia mundial. No entanto, a empresa conseguirá manter um público fiel, principalmente por causa da consistência dos produtos e da marca.

Uma grande ameaça para a rentabilidade da McDonald’s nos Estados Unidos, é o atual movimento para o aumento do salário mínimo, que poderá aumentar para $15,00 USD por hora. Embora esse aumento possa não ser adotado a nível nacional, cada vez mais cidades, municípios, condados e estados estão aderindo a causa e aumentando os salários nas suas respectivas regiões. Na prática, esse aumento dobra o valor sendo pago atualmente por hora.

Os custos com a folha de pagamento não poderão ser absorvidos facilmente. A empresa terá de aumentar o preço dos alimentos e bebidas vendidos por ela. O que muitas pessoas não se dão conta é que, a maior parte dos restaurantes da rede são de propriedade de outros indivíduos, não da corporação. Se esse aumento de salários realmente ocorrer em todos os lugares, com certeza algumas lojas acabarão sendo fechadas. Eles não conseguirão ser competitivos o suficiente para permanecerem no negócio.

As recentes altas no preço da carne bovina também estão impactando as receitas da corporação.

A McDonald’s (NYSE: MCD) encerrou o pregão do dia 28 de julho em $97,33 USD. A ação abriu em $96,48 USD, atingindo uma baixa de 96,32 USD e uma alta de $97,42 USD. O fechamento anterior foi de $96,04 USD. O preço da ação aumentou 1,34% para o dia.

Nos últimos 5 dias, o preço das ações atingiu um pico de $99,00 USD, no dia 23 de julho, e uma baixa de $95,70 USD no dia 27 de julho. Isto representa um declínio de 3,45%.

Nos últimos 30 dias, o preço das ações passou de uma baixa de $94,54 USD, em 30 de junho, para uma alta de $99,63 USD no dia 15 de julho. Isto representa um ganho de 5,38%.

A alta trimestral foi alcançada no dia 19 de maio, quando o preço da ação foi de $101,08 USD, e a mínima de $94,02 USD no dia 15 de junho. Isto é igual a um declínio de 7,51%.

A faixa das 52 semanas foi de uma baixa de $87,62 USD, para uma alta de $101,09 USD. Isto equivale a um spread de 15,37%.

O volume de ações negociadas foi de 4.862.990. A média trimestral foi de 5.741.480.

A capitalização de mercado é de $93,29 bilhões de dólares.

O índice P/E (Price Earnings Ratio) é de 22,65.

O lucro por ação EPS (Earnings per Share) é de $4,30.

O dividendo atual é igual a $3,40 USD, que é um rendimento de 3,50%.

Se um investidor definir o preço para o short em $99,00 USD, pode definir o short e o objetivo a médio prazo em $90,00 USD. Este declínio de $9,00 USD no preço da ação irá proporcionar um retorno de 10,00%.

Não há um objetivo de longo prazo sendo recomendado neste momento.

Como medida de precaução, um investidor pode querer definir um objetivo de parada (stop target) em $108,90 USD. Isto seria equivalente a uma perda de 10%.

 

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